Com oportunismo, força de vontade, profissionalismo e graça de Deus, eu fui um dos selecionados para participar do VI Curso de Informação sobre Jornalismo em Situações de Conflito Armado do Projeto Repórter do Futuro, organizado em parceria com o Oboré, ABRAJI, Cruz Vermelha, entre outras entidades.
Eu volto a mencionar este curso por sua importância ao futuro dos estudantes de jornalismo e profissionais de comunicação. E, em meio aos diversos debates ocorridos durante o mês de outubro passado, tive a oportunidade de conhecer um documentário que aborda o cotidiano de haitianos de Cité Soleil, favela ocupada pela ONU, Organização das Nações Unidas, para acabar com os grupos armados.
O Haiti passou a ser destaque na imprensa a partir do momento em que as tropas militares brasileiras desembarcaram em território haitiano trazendo consigo jornalistas de várias partes do mundo. Uma campanha militar que perdura há quase quatro anos.
E foi durante uma destas aulas no Oboré que o coronel Cunha Mattos, chefe da Seção de Informações Públicas do Centro de Comunicação do Exército, comentou a forma singular dos soldados brasileiros de oferecer segurança ao povo do Haiti.
“Têm ações que o exército faz para assistencializar os cidadãos em situação de conflito. Os soldados brasileiros são os únicos que param para conversar com o haitiano, mesmo sem saber falar o idioma nativo”, explicou o coronel.
As vozes desses pobres habitantes, no entanto, raras vezes foram ouvidas pela imprensa. Foi querendo dar voz à comunidade que uma equipe multimídia da Agência Brasil, formada pelos jornalistas Aloisio Milani, na direção, Marcello Casal Junior, fotografia, e Oswaldo Alves, cinegrafia, partiu para registrar o cotidiano da mais pobre favela de Porto Príncipe.
O resultado é um web-documentário que mostra, pelos olhos de três personagens, como vivem os moradores da favela ocupada pelas Nações Unidas para acabar com grupos armados. A maior favela do Caribe foi o último marco da segurança conquistado durante a missão. Os capacetes-azuis conseguiram controlar a situação de violência nas favelas, mas a pobreza e a crise social se mantêm como o maior desafio para o país.
Para conhecer parte da vida deste grandioso povo, nada melhor que acompanhar o vídeo Bon Bagay Haiti, que significa "gente boa" em creoule.
http://www.agenciabrasil.gov.br/grandes-reportagens/2007/10/16/grande_reportagem.2007-10-16.7469583908/view
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