quinta-feira, 31 de julho de 2008

Oca inova a Bossa Nova

Calçadão, areia e luzes ilustram praia de Copacabana

Passados 50 anos do surgimento de um revolucionário estilo musical, a exposição "Bossa na Oca" traz de maneira ainda mais atraente os cantos e encantos para São Paulo. Desde o dia 7 de julho no espaço Engenheiro Lucas Nogueira, conhecido popularmente por Oca, no Parque do Ibirapuera, a mostra pretende explorar a modernidade da Bossa Nova até 9 de agosto.

Os diretores Carlos Nader e Marcello Dantas foram corajosos e relacionaram a modernidade da Bossa Nova do final da década de 1950 com a diversidade dos recursos tecnológicos.

A visitante Daniela de Souza, estudante universitária, ficou atenta para a relação da modernidade do estilo musical de 50 anos atrás com as inovações tecnológicas exploradas na exposição. “Acho que isso ajudou a atrair a atenção de muitos jovens que não presenciaram o período da
Bossa Nova”, comentou a estudante.

Os clássicos de Nara Leão, João Gilberto, Tom Jobim, entre outros músicos do
movimento, ganharam a companhia também de Roberto Carlos e Caetano Veloso em quatro ambientes preparados estrategicamente com luzes, telões e máquinas sonoras.

Enquanto os organizadores atraíram jovens para conhecer o antigo estilo musical por meios das diversas mídias, alguns amantes da Bossa não ficaram satisfeitos e alegaram falta de originalidade do evento. Este grupo seleto esperava encontrar os primeiros rascunhos de músicas, objetos pessoais dos personagens ou, até mesmo, os próprios instrumentos das célebres estrelas.

Mas se o objetivo foi relacionar a tecnologia com a modernidade musical, alcançou-se o feito. Faltou divulgar o cronograma da mostra para deixar os visitantes informados da programação. Documentários tinham cadeira cativa, mas duas horas de passeio eram poucas para conhecer a Bossa na Oca.



Máquina em formato de disco gigante toca clássicos com o comando da sombra das mãos

terça-feira, 29 de julho de 2008

Unesco alerta para falta de infra-estrutura nas escolas

A pesquisa “Uma Visão dentro de Escolas ‘Primárias’”, ouviu 11 países e aponta baixo investimento em educação no Brasil.

O estudo Uma Visão dentro de Escolas ‘Primárias’, desenvolvido pela Unesco, revela que o Brasil investe pouco nas séries iniciais do Ensino Fundamental. De acordo com o trabalho, são investidos 1.159 dólares por aluno/ano, enquanto esse valor chega a 2.120 dólares no Chile. Além disso, a pesquisa alerta para a precariedade e falta de infra-estrutura, sobretudo nas escolas rurais.

Segundo o estudo, metade dos brasileiros que estudam em áreas rurais freqüenta salas de aula deterioradas, enquanto na zona urbana esse percentual é inferior a 30%. Outro dado relevante é que 54% das escolas primárias estão no campo, apesar de representarem apenas 23% do total de matrículas de 1ª a 4ª série.

A Unesco apontou ainda que metade dos alunos de pequenos povoados ou áreas rurais e mais de 25% dos estudantes da área urbana assistem aulas em prédios em más condições. Um dado alarmante é que, no Brasil, mais de 10% dos alunos estudam em escolas que não dispõe de água potável.

Na análise da condição sócio-econômica, o trabalho aponta que um entre cada dois alunos estudava em escolas cuja maioria eram provenientes de famílias com pais que não haviam completado o ensino primário. Na comparação entre países sobre a carga horária nos quatros anos iniciais do Ensino Fundamental, o estudo afirma que os alunos do Chile têm 1.200 horas/aula por ano, já no Brasil esse número é de 800 horas/aula por ano.

Sobre a jornada de trabalho dos docentes, o estudo garante que a proporção de alunos da 4ª série do Ensino Fundamental, cujos professores trabalhavam em mais de uma escola, chega a 29% no Brasil. A participação dos pais e da comunidade na gestão escolar também foi alvo da pesquisa. De acordo com os dados, mais de 75% dos brasileiros estudavam em escolas que contavam com conselhos escolares.

A pesquisa Uma Visão dentro de Escolas Primárias ouviu professores e diretores de mais 7.600 escolas de 11 países na América Latina, Ásia e Norte da África. Os entrevistados responderam questionários detalhados sobre o funcionamento da escola, como os docentes ministram as aulas, as condições de aprendizagem o apoio disponível aos professores e diretores. As informações foram coletadas e analisadas entre 2005 e 2007.

Mais informações:

Leia a íntegra do estudo Uma Visão dentro de Escolas ‘Primárias’ no site da Unesco

sábado, 26 de julho de 2008

The Shock Doctrine Short Film



A Film by Alfonso Cuarón and Naomi Klein, directed by Jonás Cuarón.
(http://www.naomiklein.org/shock-doctrine/short-film, retirado em 26/07/2008 às 2h19)

Professor de Yale classifica como antidemocráticos presidentes que se opõem à imprensa (La Nación)

Em entrevista ao jornal La Nación, Owen Fiss, professor de Direito da Universidade de Yale e ex-secretário da Suprema Corte dos EUA, criticou a postura de presidentes de se opor à imprensa e não conceder entrevistas coletivas.

A entrevista foi publicada no mesmo dia em que o novo embaixador da Venezuela na OEA discursou classificando a "ditadura midiática" como a "maior ameaça" à democracia (leia no blog
Periodismo en Las Américas).

Leia abaixo alguns trechos da entrevista.

"Quando (um presidente) não dá nenhum tipo de entrevista coletiva, o problema é que está negando à opinião pública a informação necessária para avaliar as políticas do governo. Por outro lado, quando só dá entrevista a jornalistas em que o poder confia, a distorção é dupla, porque, por um lado, a informação chega através desses jornalistas pouco objetivos e, por outro, se dá a esses meios de comunicação amigos uma posição indevidamente privilegiada no debate público. (...) O efeito é um castigo a quem informa de maneira imparcial. Qualquer jornalista que critica o governo sabe que se arrisca a não ter acesso ao presidente."

"Um presidente democrático nunca ataca os meios de comunicação, e sim defende suas posições perante a opinião pública. É chamativo que alguém que não dê entrevistas coletivas ou apenas fale com jornalistas amigos questione a imprensa da maneira com que alguns o fazem."

"A liberdade empresarial pode chegar a interferir no direito cidadão a contar com toda a informação adequada. Por outro lado, isso não significa que o poder político, nesse caso a presidente, tenha automaticamente razão quando acusa os meios de comunicação de não cumprirem seu dever de informar de maneira eqüânime. O que eu digo é que isso pode acontecer, embora, em minha opinião, o que ocorre em geral com os ataques dos presidentes à imprensa é que buscam bodes expiatórios. Esse fenômeno não se restringe à Argentina."

Por Marcelo Soares

(
http://knightcenter2.communication.utexas.edu/?q=pt-br/node/1210, retirado em 26/07/2008 às 1h48)

Dois militares fingiram ser jornalistas da Telesur em resgate de reféns (El Universal, AFP)

O ministro colombiano da Defesa, Juan Manuel Santos, admitiu que dois membros da equipe que resgatou 15 reféns das Farc no dia 2 de julho simularam trabalhar para a rede de TV venezuelana Telesur, segundo El Universal.

De acordo com a
AFP, os militares se fizeram passar por repórter e cinegrafista da TV multiestatal, cuja fundação foi promovida e financiada principalmente pelo presidente venezuelano Hugo Chávez. Santos disse que os participantes da operação ensaiaram como se fossem atores antes de uma apresentação.

O uso ilegal do logo foi criticado pela
Telesur, que também observou que a ação do exército colombiano pôs em perigo jornalistas legítimos que cobrem o conflito armado.

Por Ingrid Bachmann.
(http://knightcenter2.communication.utexas.edu/?q=pt-br/node/1208, retirado em 26/07/2008 às 1h26)