O mundo se alimenta de guerras. Não importa se os conflitos são travados por etnias diferentes, por nações em busca de poder ou por numerosas civilizações, as diferenças estão postas em jogo e ninguém mais as suportam.
As conseqüências tomam apenas um caminho: a destruição de lares. As mulheres enfrentam grandes dificuldades quando seus parentes do sexo masculino desaparecem na guerra. Elas vivem em situação de incerteza, apoiando-se na esperança de que seus parentes estejam vivos, e mesmo depois de muito tempo, elas se recusam em acreditar que aquela pessoa esteja morta se não receberem a prova definitiva dos restos mortais. Esta incerteza impede que elas possam estar de luto, e, portanto elas não podem começar o longo processo de cura.
O sofrimento das mulheres no Iraque desperta uma preocupação crescente, com cada vez mais relatos de mortes, violações e seqüestros, além da intimidação e da opressão generalizadas. Três mulheres iraquianas decidiram falar de como é viver sob a ameaça da violência. Para preservar a segurança física e moral, seus nomes foram alterados. "Leyla" é de Anbar, oeste do Iraque. Ela é ativista numa organização de defesa dos direitos das mulheres. "Amina" coordena uma associação humanitária de Bagdá que ajuda órfãos e desabrigados. "Mona" é administradora em Basra. As três participaram de uma conferência sobre as necessidades das mulheres em conflitos, realizada em Amã, na Jordânia, em dezembro de 2006.
Leyla garante que o conflito interno causa tanto efeitos diretos quanto indiretos nas iraquianas. “Como efeito direto, as mulheres perderam de alguma forma a identidade e o status com tudo o que está acontecendo no país. Por exemplo, as mulheres parlamentares não podem assumir totalmente seu status e seu papel. Elas representam apenas números exigidos para preencher as listas eleitorais.”
Os efeitos diretos e indiretos sobre as mulheres não podem ser separados da situação geral, em particular a divisão sectária. “O conflito teve um impacto direto sobre as mulheres, tanto material quanto moralmente”, comentou Amina.
Deslocamentos, assassinatos, seqüestros e casos de violações criaram uma atmosfera de terror e ansiedade. “Acima de tudo isso, já o medo de perder membros da família devido a todos estes riscos e ameaças. De qualquer forma, há um lado positivo, já que os laços familiares tornaram-se mais importantes”, disse Amina.
A violência sectária também afetou fortemente a situação social da mulher iraquiana. O índice de divórcios cresceu, causando danos materiais e psicológicos para as mulheres. A iraquiana caiu dentro de uma grande prisão. Além do mais, a situação financeira e econômica dos homens, a maioria desempregada, piorou, o que põe um peso extra sobre as mulheres.
Os conflitos, com freqüência, são gerados pela perda generalizada da segurança e por intervenções externas. “Eu penso que o problema no Iraque é passageiro. Tenhamos esperança de que este é um problema que terá um fim dentro de certo tempo, com a determinação do povo iraquiano de reconstruir seu país”, falou Mona.
As guerras formam uma realidade insuportável e devem ser combatidas literalmente. Precisamos dar vozes a estes e muitos outros depoimentos de mulheres destruídas pelos jogos políticos. Decidi publicar estas informações depois que tive a oportunidade de ler as entrevistas das três iraquianas divulgadas pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
As conseqüências tomam apenas um caminho: a destruição de lares. As mulheres enfrentam grandes dificuldades quando seus parentes do sexo masculino desaparecem na guerra. Elas vivem em situação de incerteza, apoiando-se na esperança de que seus parentes estejam vivos, e mesmo depois de muito tempo, elas se recusam em acreditar que aquela pessoa esteja morta se não receberem a prova definitiva dos restos mortais. Esta incerteza impede que elas possam estar de luto, e, portanto elas não podem começar o longo processo de cura.
O sofrimento das mulheres no Iraque desperta uma preocupação crescente, com cada vez mais relatos de mortes, violações e seqüestros, além da intimidação e da opressão generalizadas. Três mulheres iraquianas decidiram falar de como é viver sob a ameaça da violência. Para preservar a segurança física e moral, seus nomes foram alterados. "Leyla" é de Anbar, oeste do Iraque. Ela é ativista numa organização de defesa dos direitos das mulheres. "Amina" coordena uma associação humanitária de Bagdá que ajuda órfãos e desabrigados. "Mona" é administradora em Basra. As três participaram de uma conferência sobre as necessidades das mulheres em conflitos, realizada em Amã, na Jordânia, em dezembro de 2006.
Leyla garante que o conflito interno causa tanto efeitos diretos quanto indiretos nas iraquianas. “Como efeito direto, as mulheres perderam de alguma forma a identidade e o status com tudo o que está acontecendo no país. Por exemplo, as mulheres parlamentares não podem assumir totalmente seu status e seu papel. Elas representam apenas números exigidos para preencher as listas eleitorais.”
Os efeitos diretos e indiretos sobre as mulheres não podem ser separados da situação geral, em particular a divisão sectária. “O conflito teve um impacto direto sobre as mulheres, tanto material quanto moralmente”, comentou Amina.
Deslocamentos, assassinatos, seqüestros e casos de violações criaram uma atmosfera de terror e ansiedade. “Acima de tudo isso, já o medo de perder membros da família devido a todos estes riscos e ameaças. De qualquer forma, há um lado positivo, já que os laços familiares tornaram-se mais importantes”, disse Amina.
A violência sectária também afetou fortemente a situação social da mulher iraquiana. O índice de divórcios cresceu, causando danos materiais e psicológicos para as mulheres. A iraquiana caiu dentro de uma grande prisão. Além do mais, a situação financeira e econômica dos homens, a maioria desempregada, piorou, o que põe um peso extra sobre as mulheres.
Os conflitos, com freqüência, são gerados pela perda generalizada da segurança e por intervenções externas. “Eu penso que o problema no Iraque é passageiro. Tenhamos esperança de que este é um problema que terá um fim dentro de certo tempo, com a determinação do povo iraquiano de reconstruir seu país”, falou Mona.
As guerras formam uma realidade insuportável e devem ser combatidas literalmente. Precisamos dar vozes a estes e muitos outros depoimentos de mulheres destruídas pelos jogos políticos. Decidi publicar estas informações depois que tive a oportunidade de ler as entrevistas das três iraquianas divulgadas pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Um comentário:
Mto bom mesmo o blog Filipe.E o assunto não é pra qualquer um escrever... Parabéns!
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